Saturday, July 28, 2007

Defendendo a Nomenclatura Científica

Em minha rotina diária de pesquisas, pude refletir um pouco, em algumas raras horas vagas (devido ao recesso da graduação) o quão incompetente é o desenho inteligente. Olhei em minha volta e, empiricamente, percebi o vôo desengonçado de algumas aves como a ema, o avestruz, a codorna, a galinha. A foca, o peixe-boi, o pinguim, seja na hidrosfera, ou na litosfera. Percebi a simplicidade dos marcadores, ao codificar e, conseqüentemente, dar subsídios a sistemática das espécies de mosquito existentes aqui em minha cidade, ver o grau de variabilidade das bases, explicitando algum polimorfismo relacionado a resistência biológica destes pequenos hematófagos, seja na fase de larva, de pupa, nos próprios ovos. Ontogenia enfaticamente: concreta, íntegra, completa!

Tudo bem explicado, bem modelado, dentro de um método objetivo, claro e conciso. Por mais que tenha palavras técnicas, o texto, para quem segue o estudo linha de pesquisa, é em explicativo devido a uma Introdução que resume o histórico da problemática, a uma Análise de Dados, ao Objeto ali presente, ao Método, a Conclusão sensata.

Quanto as espécies do desenho incompetente, tem uma base lógica na retórica, em silogismos baratos, senso-comum puro, bases exegéticas, o neocriacionismo camuflado.

Conhecer Biodiversidade é para poucos! Custa raciocinar que todas as espécies atuais são finais, nós remetem ao Finalismo, e os fósseis são todos transicionais. Custa estudar um livro qualquer de ensino médio, no assunto de zoologia, e perceber que as Amebas não são archaeanos e, portanto, não viemos delas, como muitos expõem.

Acho que só os biólogos, e aqueles que estudam realmente a vida, não limitando à humanos, com disciplinas como Filogenia, vão defender a origem da biodiversidade através de modelos altamente explicativos presentes em milhares de artigos científicos espalhados pelo mundo. Custa sentar um pouco, pesquisar, ler os artigos, refutar cada um deles, ao invés de ficar falando falácias mundo afora através de debates retóricos em Universidades.

Temos acabar com o merchandising de empresas de engenharia genética (p. ex. Jove) especializadas em diagnosticar a resistência de vetores de patologias tropicais, em suposições que permeiam ares de complexidade irredutível em alguns blogs XYZ por aí.

Devemos ser relativos quanto a tudo, olhar os múltiplos fatores, até nos apresentarem algo compreensível, didático, organizado, que mude nossas idéias e contrastem idéias passadas.

Por essas e por outras, defendemos o Estado laico, assim como fizeram na 59ª Reunião Anual da SBPC, há algumas semanas atrás:

SBPC apóia a posição do governo em defesa do Estado laico

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