Wednesday, December 27, 2006

Pescoço da girafa é salto competitivo

Apesar de ser usado com freqüência até em salas de aula, apenas agora um experimento científico conseguiu provar a importância competitiva do pescoço das girafas.

O estudo, que será publicado na edição de janeiro da revista "American Naturalist" foi feito por pesquisadores da Universidade de Pretória, África do Sul, e da Universidade de Utah (EUA).

Os cientistas isolaram as árvores que servem como alimento para os pequenos herbívoros. Depois de todo um ciclo de crescimento, as plantas do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, foram revisitadas para novas medições.

Nenhuma das folhas que nasceram em locais baixos haviam sido cortadas. Ainda não se sabe exatamente o motivo, mas as girafas desenvolveram um pescoço longo porque, lá nas alturas, elas conseguem ingerir mais folhas por uma determinada área física de floresta.

Tirado daqui

Monday, December 11, 2006

Study Detects Recent Instance of Human Evolution

A surprisingly recent instance of human evolution has been detected among the peoples of East Africa. It is the ability to digest milk in adulthood, conferred by genetic changes that occurred as recently as 3,000 years ago, a team of geneticists has found.

The finding is a striking example of a cultural practice — the raising of dairy cattle — feeding back into the human genome. It also seems to be one of the first instances of convergent human evolution to be documented at the genetic level. Convergent evolution refers to two or more populations acquiring the same trait independently.

Throughout most of human history, the ability to digest lactose, the principal sugar of milk, has been switched off after weaning because there is no further need for the lactase enzyme that breaks the sugar apart. But when cattle were first domesticated 9,000 years ago and people later started to consume their milk as well as their meat, natural selection would have favored anyone with a mutation that kept the lactase gene switched on.

Such a mutation is known to have arisen among an early cattle-raising people, the Funnel Beaker culture, which flourished some 5,000 to 6,000 years ago in north-central Europe. People with a persistently active lactase gene have no problem digesting milk and are said to be lactose tolerant.

Almost all Dutch people and 99 percent of Swedes are lactose-tolerant, but the mutation becomes progressively less common in Europeans who live at increasing distance from the ancient Funnel Beaker region.

Geneticists wondered if the lactose tolerance mutation in Europeans, first identified in 2002, had arisen among pastoral peoples elsewhere. But it seemed to be largely absent from Africa, even though pastoral peoples there generally have some degree of tolerance.

A research team led by Sarah Tishkoff of the University of Maryland has now resolved much of the puzzle. After testing for lactose tolerance and genetic makeup among 43 ethnic groups of East Africa, she and her colleagues have found three new mutations, all independent of each other and of the European mutation, which keep the lactase gene permanently switched on.

The principal mutation, found among Nilo-Saharan-speaking ethnic groups of Kenya and Tanzania, arose 2,700 to 6,800 years ago, according to genetic estimates, Dr. Tishkoff’s group is to report in the journal Nature Genetics on Monday. This fits well with archaeological evidence suggesting that pastoral peoples from the north reached northern Kenya about 4,500 years ago and southern Kenya and Tanzania 3,300 years ago.

Two other mutations were found, among the Beja people of northeastern Sudan and tribes of the same language family, Afro-Asiatic, in northern Kenya.

Genetic evidence shows that the mutations conferred an enormous selective advantage on their owners, enabling them to leave almost 10 times as many descendants as people without them. The mutations have created “one of the strongest genetic signatures of natural selection yet reported in humans,” the researchers write.

The survival advantage was so powerful perhaps because those with the mutations not only gained extra energy from lactose but also, in drought conditions, would have benefited from the water in milk. People who were lactose-intolerant could have risked losing water from diarrhea, Dr. Tishkoff said.

Diane Gifford-Gonzalez, an archaeologist at the University of California, Santa Cruz, said the new findings were “very exciting” because they “showed the speed with which a genetic mutation can be favored under conditions of strong natural selection, demonstrating the possible rate of evolutionary change in humans.”

The genetic data fitted in well, she said, with archaeological and linguistic evidence about the spread of pastoralism in Africa. The first clear evidence of cattle in Africa is from a site 8,000 years old in northwestern Sudan. Cattle there were domesticated independently from two other domestications, in the Near East and the Indus valley of India.

Both Nilo-Saharan speakers in Sudan and their Cushitic-speaking neighbors in the Red Sea hills probably domesticated cattle at the same time, since each has an independent vocabulary for cattle items, said Dr. Christopher Ehret, an expert on African languages and history at the University of California, Los Angeles. Descendants of each group moved southward and would have met again in Kenya, Dr. Ehret said.

Dr. Tishkoff detected lactose tolerance among both Cushitic speakers and Nilo-Saharan groups in Kenya. Cushitic is a branch of Afro-Asiatic, the language family that includes Arabic, Hebrew and ancient Egyptian.

Dr. Jonathan Pritchard, a statistical geneticist at the University of Chicago and the co-author of the new article, said that there were many signals of natural selection in the human genome, but that it was usually hard to know what was being selected for. In this case Dr. Tishkoff had clearly defined the driving force, he said.

The mutations Dr. Tishkoff detected are not in the lactase gene itself but a nearby region of the DNA that controls the activation of the gene. The finding that different ethnic groups in East Africa have different mutations is one instance of their varied evolutionary history and their exposure to many different selective pressures, Dr. Tishkoff said.

“There is a lot of genetic variation between groups in Africa, reflecting the different environments in which they live, from deserts to tropics, and their exposure to very different selective forces,” she said.

People in different regions of the world have evolved independently since dispersing from the ancestral human population in northeast Africa 50,000 years ago, a process that has led to the emergence of different races. But much of this differentiation at the level of DNA may have led to the same physical result.

As Dr. Tishkoff has found in the case of lactose tolerance, evolution may use the different mutations available to it in each population to reach the same goal when each is subjected to the same selective pressure. “I think it’s reasonable to assume this will be a more general paradigm,” Dr. Pritchard said.

Tirado daqui

Tuesday, December 05, 2006

In Vino Veritas

O texto a seguir nada tem a ver com evolução. Ele é um texto da minha amiga Bárbara, dona do Blog "In Vino Veritas", que está aí ao lado, nos blogs relacionados. Particularmente, eu gosto muito do blog, por ter textos atuais, bem escritos e cheios de conteúdo. Esse, em especial, escolhi para postar aqui por eu ter uma opinião muito parecida e o texto ser um dos melhores que já li sobre o assunto, que é justamente OPINIÃO. Divirtam-se e visitem o Blog "in Vino Veritas".
Blog:
www.bushkablog.blogspot.com
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Politicamente correto é o c@%@$$*!

Deve-se dar um crédito aos extremistas. Estes não costumam ser incoerentes. A verdade é que quão mais politicamente correta uma pessoa é maior a probabilidade desta cair em contradição e incoerência.

Em um debate a resposta mais inteligente não necessariamente é a mais correta sob o ponto de vista ético. Um característica importante da resposta inteligente seria sua coerência, não só em relação a todos os pontos abordados na resposta em si, mas também em relação a todas as respostas anteriores.

Pois bem, vejamos o caso do tema aborto. Evidente há os que defendem sua legalização, e há os que são contra. É interessante observar os do meio. Há os que na ânsia de parecer politicamente correto adotam uma postura que defende a legalização em apenas alguns casos, como por exemplo, na gravidez fruto de estupro. Ora, qual o argumento que explica por que um bebê gerado com amor é melhor do que um fruto de violência? Encontrou-se a incoerência do discurso Pró-vida. Apenas mais um, dentre muitos. Se fomos analisar sob o ponto de vista lógico, a tão mal afamada Igreja Católica, acusada de retrógrada e extremista em relação ao sexo, se mostra coerente em todos seus princípios. Ela proibe qualquer tipo de aborto e ponto.

Outro exemplo da mesma Igreja Católica é sua posição frente ao assunto anticoncepcionais. Uma vez que seus preceitos defendem o sexo apenas dentro de um casamento, e o sexo essencialmente para procriação, não haveria sentido se a Igreja se posicionasse a favor do preservativo. Não interessa se a posição da Igreja favorece a expansão da epidemia de AIDS na Africa subsaariana, ela foi coerente em seu discurso, seus dogmas e preceitos, simplesmente não violou a coerência de seus discurso deixando milhões de fiéis felizes e satisfeitos.

Ou exemplo é o discurso do branco racista extremista. Imagine um americano sulista republicano padrão. Ele não gosta de negros e ponto. Agora imagine um brasileiro médio. Ele talvez diga que não tem nada contra negros, que acha linda a bunda das mulatas, que tem muito negro bom jogador de futebol, que a música negra é fantástica, mas ai da filha desse brasileiro se aparecer com um netinho crioulinho na casa dos pais. Tenta-se ser politicamente correto, mas o meio termo em determinadas questões não existe, pura e simplesmente. Ou se é a favor da pena de morte, ou não. Não há a solução de deixar o criminoso em um estado suspenso parecido com o coma. Não se pode ser contra a homosexualidade e não ter nada contra os gays. Isso não existe.

Nem todo discurso coerente é ético, mas o discurso verdadeiramente ético preenche-se de coerência e estrutura lógica. Não creio que o americano padrão seja "melhor" que o brasileiro médio. Também não creio que a posição da Igreja Católica seja a mais ética. É curiosa também certas posições que dizem ter anseios pela paz e pelo bem conseguido atravé de armas e truculência.

O maior problema de quem recolve aderir a moda do politicamente correto não é apenas sua falta de coerência, mas sua visão embaçada e distorcida do que seja ser ético. A atitude ética está longe de alguém que diz " ele é afro-descendente MAS é legal", e muito mais de "eu sou contra o aborto, sou pró vida, mas bandido tem que levar cacetada da polícia para aprender a ter vergonha na cara". Ética não é conceito fast-food, e coerência não gosta de muros, especialmente do lugarzinho em cima deles...

Sunday, December 03, 2006

Os Métodos Científicos

Olá pessoal!
Desculpem a ausência por alguns dias, mas tive minhas provas finais, viajei e tive que comparecer a um casamento. As postagens estão normalizadas novamente. Então, aí vai um breve esquema, muito bom, por sinal, de como se constrói o conhecimento científico, através dos métodos científicos.
O criador de tal esquema, o Rubens Antonio, autorizou sua publicação:
Prefil do Rubens do orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6689950186546485626
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Em Ciência, temos três caminhos principais básicos a serem trilhados, que são os Métodos aceitos como Científicos. São o Indutivo, o Dedutivo e o Hipotético-Dedutivo. Seja como for, o ápice desses caminhos é a chamada Teoria Científica. Assim, enquanto um leigo acha que Teoria é algo fraco, no Conhecimento Científico a Teoria é o ponto máximo.
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Basicamente, todos eles partem de uma primeira questão subjetiva. Um esquema, para a localização da posição terminal da Teoria Pode ser este aqui:
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01... Surpresa - Perplexidade
02... Curiosidade
03... Questionamento
04... Referências anteriores
05... Análise
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CAMINHO 1 - INDUÇÃO
06... Hipótese
07... Experiência
08... Fatos
09... Dados
10... Qualificação
11... Quantificação
12... Contemplação
13... Informações
14... Síntese
15... Percepção de Leis
16... Teses
17... Testes
18... Integração das Leis à Estrutura e Sistema do Conhecimento Científico
19... Teoria

CAMINHO 2 - DEDUÇÃO
06... Percepção de Leis
07... Hipótese
08... Experiência
09... Fatos
10... Dados
11... Qualificação
13... Quantificação
13... Contemplação
14... Informações
15... Síntese
16... Teses
17... Testes
18... Integração das Leis à Estrutura e Sistema do Conhecimento Científico
19... Teoria

O CAMINHO 3, da HIPOTÉTICO-DEDUÇÃO segue basicamente os mesmos passos da DEDUÇÃO. As diferenças principais é que se deve, juntamente com a Teoria, elevar os critérios de sua corroboração, além de ser amarrada a sua falseabilidade, isto é, aqueles eventos que, se ocorrerem, entrarão em contradição com essa Teoria e a derrubarão. Através desse caminho, a questão da Verdade sucumbe, passando nós a dispor de Teorias que são funcionais mas que, em certo instante, se esgotarão.
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Assim, não há O Método Científico, mas há os Métodos Científicos. Há cientistas que preferem um ou outro dos Métodos. Dificilmente um cientista que trabalha com um método se sente confortável trabalhando com o outro.