Fóssil de 350 milhões de anos revela moléculas orgânicas
FILADÉLFIA, EUA - Geólogos americanos isolaram moléculas orgânicas complexas de um fóssil de criaturas marítimas, de 350 milhões de anos. Estas são as mais antigas moléculas do tipo já encontradas. O estudo desse material, que pode ter sido um pigmento, oferece uma nova forma de rastrear o curso da evolução, de acordo com os cientistas envolvidos.
A descoberta foi feita pela estudante de doutorado Christina O´Malley, da Universidade Estadual de Ohio, que encontrou moléculas cor de laranja e amarelas dentro dos restos fossilizados de criaturas marinhas chamadas crinóides. O achado será descrito nesta quarta-feira, na reunião da Sociedade Geológica Americana.
Crinóides existem até hoje. Embora pareçam plantas, são animais. Eles se prendem ao leito marítimo e devoram o plâncton que flutua na água. Os crinóides usados no estudo têm copas, semelhantes a flores, no alto de cabos delgados de 18 centímetros. Parecem "estrelas-do-mar num palito", de acordo com um dos orientadores de O´Malley, William Ausich.
Os crinóides atuais têm diversas cores, incluindo vermelho, laranja e amarelo. Portanto, os cientistas não ficaram surpresos em encontrar pigmentos parecidos em variedades de 350 milhões de anos, diz Ausich. "Já se suspeitava há tempos que moléculas orgânicas poderiam ser encontradas em fósseis", declarou ele. "Esta é apenas a primeira vez em que cientistas têm sucesso em encontrá-las".
Embora as moléculas descobertas possam ser classificadas como pigmentos, ninguém pode garantir que funcionassem como pigmentos dentro dos animais que deram origem ao fóssil. Elas podem ter servido a outro propósito, como defesa contra predadores.
Como as moléculas diferem um pouco para cada espécie de crinóide, cientistas poderão usar os pigmentos como marcadores para mapear parentescos na árvore genealógica da criatura. Até agora, a evolução do crinóide tinha de ser deduzida a partir do tamanho e da forma de características do esqueleto dos animais.
Notícia tirada do Estadão:
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/out/25/195.htm?RSS
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